segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Distância Transacional

Desde a Grécia antiga que a educação envolve proximidade física de docentes e discentes.
Diferenciando distância física de distância comunicativa ou psíquica, Michael Moore (1993, 22) introduziu o construto teórico de distância transacional.


A separação entre alunos e professores afecta profundamente tanto o ensino quanto a aprendizagem. Com a separação surge um espaço psicológico e comunicacional a ser transposto, um espaço de potenciais mal-entendidos entre as intervenções do instrutor e as do aluno. É neste espaço psicológico e comunicacional que encontramos a distância transacional.

O maior desafio não consiste em suprimir a distância transacional, mas em implementá-la na dosagem adequada, em razão das características pessoais dos participantes, dos temas e objetivos propostos, e dos meios disponíveis.

Espaços psicológicos e comunicacionais entre aluno e professor nunca são exatamente os mesmos. A distância transacional é uma variável contínua e não discreta, um termo relativo e não absoluto.

“A distância transaccional é directamente proporcional ao diálogo e inversamente proporcional à estrutura” Saba e Shearer (1994)

Se o aumento da estrutura não se traduz, necessariamente, na perda de autonomia, será preferível que cursos online tenham uma estrutura mais forte ou, pelo contrário, devem assentar num tipo de trabalho mais livre e independente, isto é, menos estruturado à partida?

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